Lucila de Oliveira - Acadêmica do 1º Ano Pedagogia - UNICENTRO
Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise sobre o filme de Sérgio Bianchi, “Quanto vale ou é por Quilo?”, também fazer uma breve reflexão sobre as contradições do nosso país.
Dado o limite deste texto, serão discutidas as relações existentes entre o filme de Bianchi e atual situação em que se encontra a sociedade.
O filme mostra diversas situações em que exclusões sociais e a miséria geram revoltas nas pessoas. Também percebemos que assim como no filme acontece em nossa sociedade: ONGS são apenas fachadas para arrecadação indevida de verba.O filme ainda faz analogia entre o comércio de escravos e a exploração na qual estamos inseridos. Faz um paralelo entre a vida no período da escravidão e a sociedade brasileira atual, enfatiza o comportamento e a decadência da moral, em relação às duas épocas.
Na verdade, o filme mostra situações cotidianas, vivenciadas lamentavelmente por todos. Essa comparação entre as diferentes temporalidades retrata que as circunstâncias e o individualismo continuam os mesmos, mudam apenas os personagens. O engraçado é que todos somos conhecedores dessas situações, sejam elas apenas representadas em um filme ou vida real.Qual será o motivo pelo qual ainda nos surpreendemos ao nos depararmos com tais episódios?Ignorância ou hipocrisia?
Há cenas no filme que retratam as conseqüências de uma sociedade desestruturada e também a causa: o capitalismo, que em muitas vezes é maquiado para parecer que trabalha e contribui com as necessidades da sociedade e, no entanto, seu objetivo não é outro senão o giro e o aumento do capital. No filme é possível identificar as partes oprimidas e também as partes opressoras, que não polpam esforços para fazer valer sua vontade. Também fica claro o que acontece àqueles que se opõem às forças da ordem: são reprimidos, ameaçados e, em alguns casos, assassinados.
O filme também mostra que o Positivismo, assim como as idéias e conceitos de Comte, ainda atuam fervorosamente em nosso meio, bem aqui na nossa sociedade.
Comte queria que a sociedade fosse organizada como uma máquina e que as pessoas obedecessem às leis gerais. Acreditava que a única realidade que existe é a humanidade e dentro dessa humanidade está o individuo. Parece que esse pensamento ainda povoa muitas mentes e adquiriu adeptos que lutam com “unhas e dentes” para por em prática esses ideais. A quem convém que as coisas continuem da forma que está e a quem interessa que a mudança ocorra?
Após analisar o conteúdo do filme “Quanto vale ou é por Quilo?” de Sérgio Bianchi, pude concluir que, ao contrário do que se pensa essa luta pode ser igualitária, desde que as partes interessadas reajam na mesma intensidade.
Qualquer semelhança entre o filme de Sérgio Bianchi, a atual sociedade e a época da escravidão não é mera coincidência. A única diferença é que, se juntassem um “dinheirinho”, os escravos poderiam comprar sua alforria. E hoje???
terça-feira, 16 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
TÚNEL DO TEMPO: TROPAS OCUPAM A USP, COMO NA DITADURA
Celso Lungaretti (*)
Termine como terminar a nova ocupação policial da Universidade de São Paulo, o grande perdedor, claro, é o governador José Serra, que começou sua trajetória política como presidente da União Nacional dos Estudantes e agora repete as práticas autoritárias do ministro da Educação da ditadura, Jarbas Passarinho.
Faz lembrar a propaganda contra armas que eu via nos ônibus quando criança: “hoje mocinho, amanhã bandido”.
Depois que o estado de direito foi restabelecido no Brasil, a atitude de tratar movimentos reivindicatórios e sociais como casos de polícia parecia estar destinada à lata de lixo da História, como parte da herança maldita do regime militar.
Foi estarrecedora a postura de Serra, ao permitir que as tropas ocupassem várias unidades de uma instituição universitária, como resposta a uma simples greve de funcionários!
Quanto à reitora, é a pessoal errada no lugar errado. Clama aos céus que não tem a mínima idéia do que seja um templo do saber e da decisão nefasta que tomou ao, com o aval de Serra, chamar a polícia para o campus.
Veio-me à lembrança a frase imortal de D. Paulo Evaristo Arns, diante da invasão da Pontifícia Universidade Católica pela PM: "'Na PUC só se entra prestando exame vestibular".
O resultado não se fez por esperar: agora os professores e os alunos também estão em greve, reagindo à truculência e à intimidação.
Serra é mais uma personalidade empenhada em incinerar seu currículo, talvez até como forma de se tornar palatável para os inimigos de ontem. Quer mostrar serviço para a direita, convencendo- a de que é capaz de servi-la fielmente, aplicando força desnecessária e criminalizando os movimentos dos quais outrora participou.
Vendeu a alma na esperança de chegar à Presidência da República. Tomara que nem essa contrapartida obtenha!
Talvez Serra até venha a seguir a exortação atribuída ao jornalista José Nêumanne Pinto, de que a polícia deveria mesmo é mandar bala nos baderneiros.
Se foi isso mesmo o que Nêumanne disse num telejornal matutino do SBT, é melhor ele abandonar de vez a profissão de jornalista, pois terá se tornado um estranho no ninho. Aliás, quem fala algo assim apartou-se da própria civilização.
Registro, finalmente, minha total e irrestrita solidariedade aos bravos professores, estudantes e funcionários da USP, que neste momento estão na linha de frente da resistência da sociedade brasileira às forças obscurantistas empenhadas em, pouco a pouco, irem reintroduzindo o autoritarismo em nosso cotidiano.
* Jornalista e escritor, mantém os blogues
http://naufrago- da-utopia. blogspot. com/
http://celsolungare tti-orebate. blogspot. com/
Termine como terminar a nova ocupação policial da Universidade de São Paulo, o grande perdedor, claro, é o governador José Serra, que começou sua trajetória política como presidente da União Nacional dos Estudantes e agora repete as práticas autoritárias do ministro da Educação da ditadura, Jarbas Passarinho.
Faz lembrar a propaganda contra armas que eu via nos ônibus quando criança: “hoje mocinho, amanhã bandido”.
Depois que o estado de direito foi restabelecido no Brasil, a atitude de tratar movimentos reivindicatórios e sociais como casos de polícia parecia estar destinada à lata de lixo da História, como parte da herança maldita do regime militar.
Foi estarrecedora a postura de Serra, ao permitir que as tropas ocupassem várias unidades de uma instituição universitária, como resposta a uma simples greve de funcionários!
Quanto à reitora, é a pessoal errada no lugar errado. Clama aos céus que não tem a mínima idéia do que seja um templo do saber e da decisão nefasta que tomou ao, com o aval de Serra, chamar a polícia para o campus.
Veio-me à lembrança a frase imortal de D. Paulo Evaristo Arns, diante da invasão da Pontifícia Universidade Católica pela PM: "'Na PUC só se entra prestando exame vestibular".
O resultado não se fez por esperar: agora os professores e os alunos também estão em greve, reagindo à truculência e à intimidação.
Serra é mais uma personalidade empenhada em incinerar seu currículo, talvez até como forma de se tornar palatável para os inimigos de ontem. Quer mostrar serviço para a direita, convencendo- a de que é capaz de servi-la fielmente, aplicando força desnecessária e criminalizando os movimentos dos quais outrora participou.
Vendeu a alma na esperança de chegar à Presidência da República. Tomara que nem essa contrapartida obtenha!
Talvez Serra até venha a seguir a exortação atribuída ao jornalista José Nêumanne Pinto, de que a polícia deveria mesmo é mandar bala nos baderneiros.
Se foi isso mesmo o que Nêumanne disse num telejornal matutino do SBT, é melhor ele abandonar de vez a profissão de jornalista, pois terá se tornado um estranho no ninho. Aliás, quem fala algo assim apartou-se da própria civilização.
Registro, finalmente, minha total e irrestrita solidariedade aos bravos professores, estudantes e funcionários da USP, que neste momento estão na linha de frente da resistência da sociedade brasileira às forças obscurantistas empenhadas em, pouco a pouco, irem reintroduzindo o autoritarismo em nosso cotidiano.
* Jornalista e escritor, mantém os blogues
http://naufrago- da-utopia. blogspot. com/
http://celsolungare tti-orebate. blogspot. com/
Ministério Público aponta graves irregularidades no contrato da revista Nova Escola com o governo de São Paulo
O Ministério Público de São Paulo propôs ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a Diretora e o Supervisor de Projetos Especiais, ambos da FDE, bem como contra a Fundação Vitor Civita. A denúncia foi feita pelo mandato do deputado Ivan Valente, em conjunto com nossos deputados estaduais, em março deste ano. Além do cancelamento imediato do contrato, o MP pede que, caso as irregularidades sejam comprovadas e os atos praticados pelos agentes públicos julgados como improbidade administrativa, os réus da ação sejam condenados ao ressarcimento integral dos danos causados aos cofres públicos em função do contrato irregular; à perda da função pública; suspensão dos direitos políticos, de três a cinco anos; pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público, por cinco anos.
Leia abaixo, matéria do Observatório da Educação sobre o assunto.
MP entra com ação civil contra FDE por caso Nova Escola
O Ministério Público de São Paulo propôs, em 26 de maio, ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a Diretora e o Supervisor de Projetos Especiais, ambos da FDE, bem como contra a Fundação Vitor Civita.
A Ação, que tem como fundamento possíveis irregularidades no contrato firmado sem licitação entre a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a Fundação Victor Civita, requer a responsabilização dos agentes públicos por condutas que podem ser caracterizadas como improbidade administrativa.
Trata-se do desdobramento do Inquérito Civil Nº. 249/2009, que apura possíveis irregularidades na aquisição de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Em 1/10/2008, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) do governo estadual firmou contrato com a Editora Abril no valor de R$ 3,74 milhões, para a compra. Não houve licitação.
A inexigibilidade da licitação foi justificada por “inviabilidade de competição”. Alega-se que o material adquirido possui especificidades e, por isso, não seria possível realizar a concorrência. Pela existência de outras publicações na área, e pela SEE não ter feito consulta ao professorado da rede, os deputados federal Ivan Valente (PSOL) e estaduais Carlos Giannazi (PSOL) e Raul Marcelo (PSOL) entraram com Representação no MPE questionando a legalidade da dispensa de licitação.
Número estratosférico
O Promotor Antonio Celso Campos de Oliveira Faria, designado para o caso, solicitou à FDE esclarecimentos dos motivos da contratação. Na ação civil, ele destaca o apontamento, pelo professorado, da existência de outras revistas que poderiam cumprir com a função pedagógica proposta pela Nova Escola. Diz ainda que “causa estranheza o próprio volume de assinaturas contratado, já que as revistas poderiam perfeitamente ser encaminhadas à biblioteca das escolas públicas ou sala de professores”.
Ele acrescenta que “em período anterior a este contrato, eram feitas 18.000 assinaturas e não o número estratosférico de 220.000”. O promotor afirma ser possível concluir que “houve a imposição de um único título aos professores da Rede Estadual de Ensino, beneficiando de forma inequívoca uma determinada instituição privada”, e afirma ainda que “os fatos são contundentes no sentido de que o Estado, através da FDE, gastou mal seus recursos, a partir de critérios pouco claros, realizando uma compra questionável do ponto de vista da pertinência e da necessidade, sem falar no aspecto jurídico principal que é o descumprimento da norma constitucional que exige a licitação para a compra de bens e serviços”.
Para suspender os efeitos do contrato, a ação propõe medida liminar, pela “necessidade de intervenção imediata para cessar imediatamente as práticas delituosas”. Caso as irregularidades sejam comprovadas e os atos praticados pelos agentes públicos julgados como improbidade administrativa, os réus da ação poderão ser condenados a (i) ressarcimento integral dos danos causados aos cofres públicos em função do contrato irregular; (ii) perda da função pública; (iii) suspensão dos direitos políticos, de três a cinco anos; (iv) pagamento de multa e (v) proibição de contratar com o poder público, por cinco anos.
Recentemente, o Observatório da Educação apurou, em reportagem sobre o caso, que a contratação de revistas e outros materiais sem licitação é prática recorrente do governo de São Paulo.
Fonte: www.paulohenriqueamorim.com.br
Leia abaixo, matéria do Observatório da Educação sobre o assunto.
MP entra com ação civil contra FDE por caso Nova Escola
O Ministério Público de São Paulo propôs, em 26 de maio, ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a Diretora e o Supervisor de Projetos Especiais, ambos da FDE, bem como contra a Fundação Vitor Civita.
A Ação, que tem como fundamento possíveis irregularidades no contrato firmado sem licitação entre a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a Fundação Victor Civita, requer a responsabilização dos agentes públicos por condutas que podem ser caracterizadas como improbidade administrativa.
Trata-se do desdobramento do Inquérito Civil Nº. 249/2009, que apura possíveis irregularidades na aquisição de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Em 1/10/2008, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) do governo estadual firmou contrato com a Editora Abril no valor de R$ 3,74 milhões, para a compra. Não houve licitação.
A inexigibilidade da licitação foi justificada por “inviabilidade de competição”. Alega-se que o material adquirido possui especificidades e, por isso, não seria possível realizar a concorrência. Pela existência de outras publicações na área, e pela SEE não ter feito consulta ao professorado da rede, os deputados federal Ivan Valente (PSOL) e estaduais Carlos Giannazi (PSOL) e Raul Marcelo (PSOL) entraram com Representação no MPE questionando a legalidade da dispensa de licitação.
Número estratosférico
O Promotor Antonio Celso Campos de Oliveira Faria, designado para o caso, solicitou à FDE esclarecimentos dos motivos da contratação. Na ação civil, ele destaca o apontamento, pelo professorado, da existência de outras revistas que poderiam cumprir com a função pedagógica proposta pela Nova Escola. Diz ainda que “causa estranheza o próprio volume de assinaturas contratado, já que as revistas poderiam perfeitamente ser encaminhadas à biblioteca das escolas públicas ou sala de professores”.
Ele acrescenta que “em período anterior a este contrato, eram feitas 18.000 assinaturas e não o número estratosférico de 220.000”. O promotor afirma ser possível concluir que “houve a imposição de um único título aos professores da Rede Estadual de Ensino, beneficiando de forma inequívoca uma determinada instituição privada”, e afirma ainda que “os fatos são contundentes no sentido de que o Estado, através da FDE, gastou mal seus recursos, a partir de critérios pouco claros, realizando uma compra questionável do ponto de vista da pertinência e da necessidade, sem falar no aspecto jurídico principal que é o descumprimento da norma constitucional que exige a licitação para a compra de bens e serviços”.
Para suspender os efeitos do contrato, a ação propõe medida liminar, pela “necessidade de intervenção imediata para cessar imediatamente as práticas delituosas”. Caso as irregularidades sejam comprovadas e os atos praticados pelos agentes públicos julgados como improbidade administrativa, os réus da ação poderão ser condenados a (i) ressarcimento integral dos danos causados aos cofres públicos em função do contrato irregular; (ii) perda da função pública; (iii) suspensão dos direitos políticos, de três a cinco anos; (iv) pagamento de multa e (v) proibição de contratar com o poder público, por cinco anos.
Recentemente, o Observatório da Educação apurou, em reportagem sobre o caso, que a contratação de revistas e outros materiais sem licitação é prática recorrente do governo de São Paulo.
Fonte: www.paulohenriqueamorim.com.br
domingo, 31 de maio de 2009
Professores de SP aprovam greve para o dia 3 de junho
29/05/2009 - 17h03
Professores de SP aprovam greve para o dia 3 de junho
Ana Okada
Em São Paulo
Durante assembleia realizada nessa sexta-feira (29), os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram greve para o dia 3 de junho. A reunião foi organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
No mesmo dia será realizada audiência pública e assembleia da categoria na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), às 14h30, para a discussão dos projetos de Lei 19 e 20, que instituem novas regras para a contratação de professores e apresenta a criação de duas novas jornadas de trabalho. A categoria é contra a aprovação desses projetos e pede, dentre outras reivindicações, reajuste de 27,5% para a reposição de perdas ocorridas desde 1998.
Com bom humor, os docentes levaram fantasias e cartazes com referências aos recentes livros que foram destinados a alunos da 3ª série, que traziam conteúdo voltado a adolescentes. O secretário de educação do Estado, Paulo Renato Souza, afirmou que irá criar uma comissão de especialistas para avaliar cada obra. A manifestação teve também um boneco que ironizava o valor do vale alimentação dado aos docentes, chamado de "vale coxinha".
Segundo o sindicato, o protesto reuniu cerca de 5.000 docentes em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação, localizada na Praça da República.
Professores de SP aprovam greve para o dia 3 de junho
Ana Okada
Em São Paulo
Durante assembleia realizada nessa sexta-feira (29), os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram greve para o dia 3 de junho. A reunião foi organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
No mesmo dia será realizada audiência pública e assembleia da categoria na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), às 14h30, para a discussão dos projetos de Lei 19 e 20, que instituem novas regras para a contratação de professores e apresenta a criação de duas novas jornadas de trabalho. A categoria é contra a aprovação desses projetos e pede, dentre outras reivindicações, reajuste de 27,5% para a reposição de perdas ocorridas desde 1998.
Com bom humor, os docentes levaram fantasias e cartazes com referências aos recentes livros que foram destinados a alunos da 3ª série, que traziam conteúdo voltado a adolescentes. O secretário de educação do Estado, Paulo Renato Souza, afirmou que irá criar uma comissão de especialistas para avaliar cada obra. A manifestação teve também um boneco que ironizava o valor do vale alimentação dado aos docentes, chamado de "vale coxinha".
Segundo o sindicato, o protesto reuniu cerca de 5.000 docentes em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação, localizada na Praça da República.
domingo, 24 de maio de 2009
Sete em cada dez professores têm baixa autoestima
Folha de São Paulo - Ribeirão - 24 de Maio de 2009
Num dos estudos de caso do grupo da USP de Ribeirão, os analisados foram os docentes. A professora de história Tatiana Thomaz fez pesquisa qualitativa com 50 professores da escola Dom Romeu Alberti, no Jardim José Sampaio Junior, que mostrou que 71% dos homens e 62% das mulheres disseram ter baixa autoestima.
Em algumas conversas, segundo o relatório, alguns disseram se achar a "escória da sociedade". Em outro relatório, sobre bullyng, Cláudia Regina Alves Bueno constatou que, de 77 estudantes entrevistados sobre a prática na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Coronel Francisco Orlando, em Orlândia, 72,5% disseram ser vítimas da intimidação. De acordo com a pesquisa, 61% disseram sentir raiva ao serem xingados pelos colegas. Outros 15,5% afirmaram ter ficado tristes e outros 23,5%, indiferentes às agressões verbais.
Num dos estudos de caso do grupo da USP de Ribeirão, os analisados foram os docentes. A professora de história Tatiana Thomaz fez pesquisa qualitativa com 50 professores da escola Dom Romeu Alberti, no Jardim José Sampaio Junior, que mostrou que 71% dos homens e 62% das mulheres disseram ter baixa autoestima.
Em algumas conversas, segundo o relatório, alguns disseram se achar a "escória da sociedade". Em outro relatório, sobre bullyng, Cláudia Regina Alves Bueno constatou que, de 77 estudantes entrevistados sobre a prática na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Coronel Francisco Orlando, em Orlândia, 72,5% disseram ser vítimas da intimidação. De acordo com a pesquisa, 61% disseram sentir raiva ao serem xingados pelos colegas. Outros 15,5% afirmaram ter ficado tristes e outros 23,5%, indiferentes às agressões verbais.
USP aponta semelhança de escola com prisão em estudo
Folha de São Paulo - Ribeirão - 24 de Maio de 2009
Relatórios são de pesquisadores do Observatório da Violência do campus localNuma das escolas, a pesquisadora disse que a diretora negociava com alunos para que eles não depredassem a unidade
GEORGE ARAVANISDA FOLHA RIBEIRÃO Numa escola, a diretora tem de negociar com alunos para evitar depredações. Em outra, 72% dos estudantes dizem ser vítimas de bullyng. Em mais uma, 71% dos professores afirmam ter baixa autoestima.Os cenários constituem um retrato de escolas públicas da região feito pelo Observatório da Violência e Práticas Exemplares da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão.Entre 2007 e 2008, 30 pesquisadores associados ao Observatório, estudantes ou professores, analisaram e praticaram ações de intervenção nas unidades de ensino. Após a experiência, confeccionaram relatórios que serão reunidos num livro sobre violência nas escolas da região.Um dos casos, ocorrido na escola Professora Glete de Alcântara, no Parque Ribeirão Preto, na periferia da cidade, fez a pesquisadora Márcia Batista comparar o episódio a situações vividas em presídios.Quando iniciou o trabalho na escola, em 2007, a então diretora lhe disse que estava negociando com os alunos para amenizar as depredações constantes. Vidros, portas, cadeiras, tudo era quebrado com frequência pelos estudantes, que também furtavam a escola, segundo a diretora.""Estou indo de sala em sala para negociar com eles. Estou propondo que, se não quebrarem mais nenhum vidro, portas, banheiros, janelas, ou não levarem mais os fios de energia elétrica, cabos, torneiras, tomadas, lâmpadas e fusíveis, comprarei o aparelho de som que tanto querem ouvir no intervalo", relatou a então diretora, identificada apenas pelo primeiro nome, à pesquisadora do Observatório.As negociações tinham outras moedas de troca, de acordo com Batista. "Às vezes, ela oferecia fazer campeonatos, servir cachorro-quente em algum dia da semana." A pesquisadora disse ainda que a escola é como uma "panela de pressão". "Existe nervosismo crônico."O clima de tensão no ar pode ser a explicação para algumas depredações sem motivo, como uma relatada à Folha por uma funcionária, que pediu para não ser identificada. Segundo ela, anteontem um aluno quebrou o vidro do refeitório com um murro, sem motivos. A funcionária diz ter sido ameaçada de apanhar simplesmente por ter apontado para um estudante que jogava comida no teto.Alunos ouvidos dizem que as depredações são quase diárias. Para a dirigente de ensino Gertrudes Aparecida Ferreira, há "uma certa dose de exagero" (leia texto nesta página).A violência constante, no entanto, põe medo nas mães. A diarista Cláudia Santos, 36, tirou um filho de 11 anos e uma de 14 da escola este ano. O menino disse que já apanhou e que era ameaçado.O vereador e delegado Samuel Zanferdini (PMDB), que preside uma comissão sobre drogas nas escolas, disse que algumas mães até deixaram os filhos sem estudar, com medo de que fossem à Glete.
Relatórios são de pesquisadores do Observatório da Violência do campus localNuma das escolas, a pesquisadora disse que a diretora negociava com alunos para que eles não depredassem a unidade
GEORGE ARAVANISDA FOLHA RIBEIRÃO Numa escola, a diretora tem de negociar com alunos para evitar depredações. Em outra, 72% dos estudantes dizem ser vítimas de bullyng. Em mais uma, 71% dos professores afirmam ter baixa autoestima.Os cenários constituem um retrato de escolas públicas da região feito pelo Observatório da Violência e Práticas Exemplares da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão.Entre 2007 e 2008, 30 pesquisadores associados ao Observatório, estudantes ou professores, analisaram e praticaram ações de intervenção nas unidades de ensino. Após a experiência, confeccionaram relatórios que serão reunidos num livro sobre violência nas escolas da região.Um dos casos, ocorrido na escola Professora Glete de Alcântara, no Parque Ribeirão Preto, na periferia da cidade, fez a pesquisadora Márcia Batista comparar o episódio a situações vividas em presídios.Quando iniciou o trabalho na escola, em 2007, a então diretora lhe disse que estava negociando com os alunos para amenizar as depredações constantes. Vidros, portas, cadeiras, tudo era quebrado com frequência pelos estudantes, que também furtavam a escola, segundo a diretora.""Estou indo de sala em sala para negociar com eles. Estou propondo que, se não quebrarem mais nenhum vidro, portas, banheiros, janelas, ou não levarem mais os fios de energia elétrica, cabos, torneiras, tomadas, lâmpadas e fusíveis, comprarei o aparelho de som que tanto querem ouvir no intervalo", relatou a então diretora, identificada apenas pelo primeiro nome, à pesquisadora do Observatório.As negociações tinham outras moedas de troca, de acordo com Batista. "Às vezes, ela oferecia fazer campeonatos, servir cachorro-quente em algum dia da semana." A pesquisadora disse ainda que a escola é como uma "panela de pressão". "Existe nervosismo crônico."O clima de tensão no ar pode ser a explicação para algumas depredações sem motivo, como uma relatada à Folha por uma funcionária, que pediu para não ser identificada. Segundo ela, anteontem um aluno quebrou o vidro do refeitório com um murro, sem motivos. A funcionária diz ter sido ameaçada de apanhar simplesmente por ter apontado para um estudante que jogava comida no teto.Alunos ouvidos dizem que as depredações são quase diárias. Para a dirigente de ensino Gertrudes Aparecida Ferreira, há "uma certa dose de exagero" (leia texto nesta página).A violência constante, no entanto, põe medo nas mães. A diarista Cláudia Santos, 36, tirou um filho de 11 anos e uma de 14 da escola este ano. O menino disse que já apanhou e que era ameaçado.O vereador e delegado Samuel Zanferdini (PMDB), que preside uma comissão sobre drogas nas escolas, disse que algumas mães até deixaram os filhos sem estudar, com medo de que fossem à Glete.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Ver site da ALANA
www.alana.org.br
ali se encontram materiais fantásticos com relação à criança e o consumismo infantil, entre outros.
Somos todos nós, mercadorias?
Alessandro de Melo
www.alana.org.br
ali se encontram materiais fantásticos com relação à criança e o consumismo infantil, entre outros.
Somos todos nós, mercadorias?
Alessandro de Melo
Assinar:
Postagens (Atom)